“Este ser humano é uma casa de hóspedes.
Cada manhã uma nova chegada.
Uma alegria, uma depressão, uma maldade,
alguma consciência momentânea vem
como um visitante inesperado.
Dê as boas vindas e entretenha a todos!
Mesmo que eles sejam uma multidão de tristezas,
que varrem violentamente sua casa
vazia de seus móveis,
ainda assim, trate cada hóspede com honra.
Ele pode estar limpando você
para um novo prazer.
O pensamento sombrio, a vergonha, a malícia.
Encontre-os na porta rindo e convide-os a entrar.
Seja grato pelo que vier
porque cada um foi enviado
como um guia do além.” — Jellaludin Rumi

“Relaxe seus ombros e relaxe seu coração.
Deixe ir e dê espaço para a dor passar por você.
É apenas energia.
Apenas veja isso como energia e deixe ir.” — Michael Singer

À medida que acalmamos nossas mentes, tomamos consciência dos movimentos energéticos universais, semelhantes a uma dança bem coreografada, entre luz / escuridão, ação / inação, expansão / contração que sustentam a criação e evolução da vida através dos cosmos.

Durante um momento de quietude interior, poderíamos dizer que nosso pai e mãe cósmicos se revelam para nós e somos convidados a permanecer naquele lugar eterno, nosso verdadeiro lar, de onde paradoxalmente nunca saímos.

Ao ancorarmos a luz de nossa alma mais profundamente em nossos corações, somos capazes de observar mais de perto esta dança cósmica a partir de um espaço de imparcialidade e admiração.

Aqui estamos fora do tempo e do espaço e cada momento no agora é maravilhosamente equilibrado e construído com perfeição.

A partir desta perspectiva, a natureza da realidade polarizada da terceira dimensão se torna cada vez mais evidente para nós, e como sua matriz limita nossa consciência pelo impulso constante de julgar e escolher entre um conjunto de opostos ou outro.

Muitos de nós (especialmente você que está lendo este post) temos uma tendência natural para o lado positivo do espectro, optando por se alinhar com as frequências de amor, bondade e compaixão.

Atingir esse estado de consciência marca uma etapa evolutiva que nos permite ancorar conscientemente em nosso caminho de ascensão e deste modo, despertar totalmente para nossa verdadeira identidade.

O próximo passo é perceber que, mesmo quando fazemos escolhas positivas em nossas vidas, às vezes ainda somos pegos nos programas matriciais de medo, escassez e separação.

A pergunta que surge então é: “Estamos escolhendo desde um espaço neutro, um espaço do ponto zero?”

Existe uma carga emocional que inconcientemente alimenta nossas escolhas?

Existe algum traço de medo, evasão, negação, dever, repugnância ou julgamento que obscurece nosso discernimento?

Se houver, ainda estamos jogando na matriz polarizada, mantendo-a com nossas escolhas equivocadas de estar no lado “correto” do campo.

A natureza polarizada da realidade da 3ª Dimensão requer duas energias opostas para sustentar sua matriz. Por exemplo, um time jogando para o lado da escuridão, o outro jogando para o lado da luz.

Como essa construção dimensional se baseia na escassez, há uma quantidade limitada de energia que é movimentada de um lado do campo para o outro.

Não importa para que time você decida jogar, se tiver alguma carga emocional inconsciente, você ainda está jogando o jogo da Matriz e, mais cedo ou mais tarde, será recebido por essa carga inconsciente, a frequência oposta à que você escolheu para alinhar-se anteriormente.

Desenvolver o discernimento para saber o que realmente está motivando nossas escolhas se torna bastante importante se queremos encontrar nossa soberania e liberdade do jogo da Matriz da 3ª Dimensão.

Cultivar um espaço silencioso dentro de nós, onde nos sentimos protegidos das pressões da vida cotidiana, é essencial nesses tempos de altos movimentos energéticos, aceleração do tempo e grandes mudanças nas redes de Gaia.

Isso nos leva de volta ao movimento energético natural das forças cósmicas…

Existem muitos símbolos usados ​​para representar esse movimento: o símbolo do infinito, o símbolo Ying e Yang, o Vesica Piscis, o caduceu, para citar alguns.

Eles representam o equilíbrio perfeito entre forças polarizadas em um sistema fechado, onde os opostos coexistem e se complementam.

Por exemplo, se olharmos para o centro do símbolo do Infinito, seu ponto zero, podemos imaginar/sentir/perceber/ver o movimento energético natural de um lado do símbolo para o outro, em um vínculo infinito.

Temos uma sensação de equilíbrio perfeito quando as energias fluem através de seu ponto central.

infinity image

Podemos usar a analogia desse símbolo como sendo equivalente ao nosso campo energético, como uma maneira de fortalecer nosso senso de equilíbrio e o espaço silencioso interior.

Nesta metáfora, o ponto central do símbolo do infinito pode ser comparado ao nosso coração - o centro energético do corpo humano, capaz de atuar como o ponto zero da nossa consciência - o lugar onde saímos da polaridade.

Quanto mais praticamos sentir as ondas de emoções, frequências, sensações que se aproximan e se afastam de nós - como se fôssemos o símbolo do infinito, mais fortalecemos esse sentimento de equanimidade e neutralidade, que é a marca registrada de estar/viver em nossa identidade Divina.

Esse movimento abrange os dois lados do espectro duplo. As ondas podem trazer raiva, medo, tristeza, ressentimento para o nosso mundo interior, mas também podem nos trazer alegria, felicidade, gratidão, compaixão.

À medida que aclimatamos nossa consciência a esses movimentos energéticos, somos capazes de testemunhar a interação entre conceitos opostos como a luz/escuridão, branco/preto, positivo/negativo, masculino/feminino, direita/esquerda que cria e sustenta a vida em todo o cosmos, sem sentir a necessidade de escolher entre um lado ou outro.

Nossos corações se tornam o ‘ponto zero’ do nosso ser, capazes de manter a luz de nossa consciência em um estado não polarizado de amor, compaixão desapegada e compreensão mais profunda.

Isso apóia ainda mais a personificação de nossa alma, a medida que cultivamos o que muitos sábios chamam de o “templo dos nossos corações”.

Neste espaço sagrado interior, todos os aspectos fragmentados de nós mesmos podem se reunir, relaxar, serem curados e finalmente libertados do jogo da polaridade.

Aqui aprendemos a viver em um estado de reverência à vida, a nós mesmos, ao nosso planeta e a todos os seres sencientes.

Essa é uma das grandes lições que devemos aprender através do nosso ‘currículo terrestre’ - a de forjar um lugar sagrado e imparcial dentro do qual nossa alma possa residir neste corpo físico, onde estamos neste mundo, mas não pertencemos à ele.

Que você cultive o ponto zero do seu coração, aprendendo a surfar nas ondas de frequência polarizadas que chegam às margens do seu ser.